AFIN comemora 53 anos da FINEP com memórias e palavras de orgulho

O evento online de comemoração dos 53 anos da FINEP promovido pela AFIN em 30 de julho de 2020 teve participações ao vivo intercaladas com 26 depoimentos gravados. A presidente da Associação Beatriz Alves abriu os trabalhos e apresentou os participantes ao vivo: Sérgio Resende, Ex-presidente da FINEP e Ex-ministro de CT&I; Helena Nader, Vice-presidente da ABC e Presidente de Honra da SBPC; Celso Pansera, Ex-ministro de CT&I e Secretário Executivo do ICTP.br e o Deputado Federal Paulo Ramos, presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da FINEP, do Desenvolvimento da Ciência, da Pesquisa e da Inovação.

Ela destacou que temos muita coisa para celebrar nos 53 anos da FINEP, com os muitos frutos da Ciência, da Inovação e da Pesquisa no Brasil: “Para nós, empregados, é um orgulho enorme ter contribuído pessoalmente e ter colocado nosso trabalho em cada projeto, cada pedacinho da FINEP que a gente fez”. 

Ao fim de cada bloco a presidente agradeceu individualmente a cada um dos depoimentos recebidos de empregados e aposentados da FINEP, clientes empresariais e do meio acadêmico, e de parlamentares, todos eles destacando a importância da empresa para o Brasil e em suas vidas e atividades. 

No encerramento, após dizer algumas palavras em honra da memória do colega Paulo Assis, Beatriz disse “gostaria de deixar esta homenagem a todos que passaram, passam e vão passar ainda pela história da FINEP”.

“53 anos da FINEP, 53 anos gloriosos”

Sérgio Resende falou sobre a sua relação de quase 53 anos com a FINEP, como cientista, professor, cliente, Presidente da empresa e Ministro de CT&I.

Relembrou os mecanismos precursores, como o Funtec do então BNDE, a fundação da empresa e sua ampliação com a criação do FNDCT. Em 1972 Sérgio foi para Pernambuco para a criação de um Departamento de Física com apoio institucional do CNPq, e em 1976 ele foi a sede da FINEP na Av. Rio Branco, onde foi recebido pelo Dr. José Pelúcio, então presidente da FINEP, atento ao que se passava no Nordeste em Ciência e Tecnologia.

“Demoramos alguns meses para preencher os formulários em papel e apresentar nosso projeto, que foi aprovado. E como a FINEP tinha acabado de receber um apoio do BID, eles aprovaram mais verba do que tínhamos pedido, tivemos que apresentar uma lista de mais equipamentos para comprar com o apoio do FINEP-BID e equipar os laboratórios.”

Sérgio diz: “A história da FINEP se confunde com os altos e baixos do FNDCT, depende muito do Governo.” Em 2003 ele foi convidado pelo então Ministro de CT&I, Roberto Amaral, para presidir o CNPq e pediu para ser indicado para a FINEP, por entender a importância da empresa. Teve uma atuação de dois anos e meio na empresa e só saiu para ser Ministro da pasta.

“Eu sou FINEP, como digo sempre”

Helena Nader iniciou dizendo: “Me pergunto o que seria do Brasil se não tivéssemos tido pessoas de visão, que, numa época em que o Brasil ainda tinha uma ciência muito insípida e uma industrialização também muito pequena, tiveram uma visão que uma Nação só vai ter soberania se tiver uma educação e uma ciência, uma inovação, uma tecnologia para promover o desenvolvimento socioeconômico da Nação”.

Ela deu alguns exemplos: “Todos tem orgulho da Embraer, teríamos tido uma Embraer sem a FINEP? Teríamos tido uma Coppe? Teríamos tido o pré-sal sem a FINEP? A FINEP é motivo de orgulho, de muito orgulho. Você não planeja o futuro sem olhar para traz e conhecer o passado”.

“Eu tive o privilégio de entrar em contato com a FINEP na segunda metade da década de 70. A FINEP se antecipou ao que muito se fala hoje: temos que ter convergência, temos que ter transdisciplinaridade. Aonde a gente vai se diz: ‘Aqui tem FINEP’. Tem FINEP na Educação, tem FINEP na Ciência, tem FINEP na Tecnologia, tem FINEP na Inovação. O Brasil precisa da FINEP.”

“A importância deste momento é também de resistência”

O Deputado Federal Paulo Ramos disse “Vivemos um momento grave, com a pandemia ceifando vidas, paralisando a economia, e um Presidente que nega a ciência. Como é possível um projeto nacional de desenvolvimento com a negação da ciência?”.

Como signatário da Constituição de 1988 o Deputado lembrou: “A Constituição trata também da Ciência e da Tecnologia. Quero homenagear a FINEP em seus 53 anos de um esforço grande não só para mobilizar recursos, mas de como aplicar recursos para o desenvolvimento nacional, para a pesquisa”.

“Nessa fase de pandemia as universidades públicas, nossos centros de pesquisa se fazendo presentes no sentido de demostrar o papel da pesquisa, da ciência e tecnologia na solução de problemas concretos da população. Não só o enfrentamento da pandemia, mas acima de tudo a contribuição para o desenvolvimento nacional. Precisamos voltar os olhos nos investimentos na ciência, na pesquisa científica e tecnológica, que é o papel da FINEP. O FNDCT precisa receber mais recursos”.


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