Posted by Na assembleia virtual convocada pela Associação dos Empregados da Finep – AFIN e o Sindicato dos Bancários nesta quinta, e que terminou na sexta-feira (14/10) às 18 horas, os empregados da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) aprovaram com mais de 91% dos votos a proposta negociada de acordo coletivo de trabalho. Nas cláusulas econômicas o ACT segue a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) assinada com a Fenaban, com 8% de reajuste, abono de R$ 1 mil este ano no auxílio alimentação, e para 2023 reposição pelo INPC, mais 0,5% de aumento real.
A pressão dos funcionários fez com que a diretoria da empresa recuasse de sua intenção de não prever o aumento real para o próximo ano. “Nesta conjuntura de muita dificuldade que vivemos no país foi um bom acordo”, avaliou Ronald Carvalhosa, diretor do Sindicato e um dos negociadores do ACT, juntamente com representantes da Associação de Empregados da Finep e de funcionários eleitos em assembleia.
Beatriz Alves, representante dos empregados na Comissão de Negociação diz que “tivemos uma negociação em que pouco avançamos na pauta não financeira. Questões que há muito tempo passam pela pauta não são resolvidas nem no acordo nem nas comissões paritárias no período entre os acordos. Direitos e benefícios têm sido alterados unilateralmente sem a participação das comissões, onde a própria Finep indica membros. Os problemas só se acumulam sem resolução”.
Ela fala também: “A questão do nível médio vem sendo negligenciada. Além disso, há questões de grande insatisfação entre os colegas que vem sendo negadas, como o retorno da igualdade de licença médica dos empregados aposentados, a melhoria da promoção, PLR e agora a questão da cisão e retirada do PPC da Fipecq. Entendemos que em termos financeiros a CCT é o mínimo, mas achamos que a Finep pouco avança na nossa pauta não financeira. Apesar disso, tivemos um avanço das condições de negociação entre os acordos, com a sinalização de uma CPART como instância negocial e o retorno da comissão de saúde. Estes avanços aliados à conjuntura, nos levaram a indicar a aprovação da proposta”.
Carlos Alberto Zani, diretor do Sindicato dos Bancários do RJ, fala que “a atuação da representação dos empregados foi determinante para um acordo digno, com algumas vitórias”. Já o representante Marcos Roberto Segundo destaca “não foi uma negociação simples. A Finep abriu mão da posição na questão da retroatividade do reajuste ao início de setembro e também teve uma proposta ‘final’ que foi melhorada no dia seguinte, tudo isso conquistado na mesa”.