No dia 9 de junho foi realizada mais uma mobilização presencial dos empregados em favor da adoção do teletrabalho na FINEP e de medidas para a contenção dos casos de COVID no ambiente de trabalho.
Na manifestação destacou-se como um avanço, atribuído à pressão dos empregados, a prática de afastamento preventivo pelo setor médico, a partir da semana anterior, dos casos suspeitos por contato com casos confirmados dentro e fora da empresa.
A Associação apresentou informes sobre a reunião com a DADM, realizada na última 3ª feira. Lembrou-se ainda o compromisso de realização de nova reunião com a CPART para a próxima semana (15 dias a partir da 1ª), ainda não agendada.
Durante a reunião com a empresa foram debatidas apenas as demandas da assembleia do dia 26 de maio. A empresa alegou que não há comprovação de que os casos COVID tenham crescido em função do trabalho presencial. Defende que as pessoas já voltaram às suas vidas normais e que podem pegar COVID em outros lugares
Ao mesmo tempo informou que os médicos do trabalho já realizam o registro de suas orientações, e defendeu que os procedimentos e medidas adotadas são adequados e bastantes para manter seguro o ambiente de trabalho. Informou que atende a legislação em vigor, e que pretende realizar com maior frequência a limpeza de dutos e filtros de ar condicionado
Mas concordou em divulgar os casos de COVID entre os empregados e consolidar os procedimentos relativos aos cuidados no ambiente de trabalho, conforme demanda dos empregados.
Sobre o registro de teletrabalho esclareceu que, atualmente, só se aplicaria aos departamentos que já atuaram no projeto piloto, e para os casos de afastamento por contato com casos suspeitos. Mas que neste último caso, os registros são feitos pelo DEAP.
Entretanto durante a assembleia destacou-se o conflito entre a informação e o fato de um novo grupo de trabalho ter sido formado pela diretoria executiva, e a decisão de que seus membros possam optar pelo teletrabalho integral.
Foi debatida na assembleia a necessidade de maior transparência sobre os dados da COVID na empresa, com dados por andar e departamento. Sugeriu-se uma avaliação da Associação sobre que outras informações deveriam ser solicitadas à empresa, e a aprovação em assembleia posterior de pedido de informações pela LAI.
Ao final da manifestação os empregados presentes subiram ao 24º andar onde apresentaram as demandas aprovadas na assembleia à assessoria do presidente.
Na assembleia foram aprovadas as seguintes demandas:
Considerando o aumento de casos de covid-19 dentro e fora da empresa, requeremos:
- Implantação imediata de um protocolo de segurança sanitária, com regras, no mínimo, tão rigorosas quanto as da Portaria Interministerial MTP/MS nº 17/22, que, apesar de revogada, constitui referência para protocolos de segurança contra covid-19.
- Atendimento às recomendações feitas pela CIPA em relação à segurança contra covid-19.
- Instalação de filtros HEPA em todos os ares-condicionados da empresa.
- Compra e disponibilização célere de testes rápidos de covid-19, para testagem dos empregados no ambulatório da empresa, sempre que houver necessidade.
- Tornar obrigatório o uso de máscara nas dependências da empresa.
- Fornecimento de máscaras e álcool em gel em quantidade suficiente para todos os empregados.
- Colocação de todo o corpo funcional em teletrabalho até que todas as reivindicações acima sejam atendidas.
Em relação ao projeto de implantação de um regime definitivo de teletrabalho na empresa, requeremos:
- Atualização do cronograma para fazer constar todas as etapas até a implantação do regime.
Demais decisões aprovadas:
- Manter o caráter permanente da assembleia.
- Realizar manifestação, na porta do Condomínio Praia do Flamengo 200, na próxima quinta-feira, caso não haja avanço efetivo no atendimento das reivindicações da assembleia.
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